terça-feira, 25 de maio de 2010

Contrastes na gestão dos Resídos Sólidos

O tratamento do lixo na Espanha e na Índia

Olá,
Como vão vocês?
Há poucas semanas fui a uma palestra na UFES como tema: "A Gestão Metropolitana de um Objeto Ambíguo: os Resíduos Sólidos - Uma Experiência de Pesquisa (Brasil/Índia)", que foi realizada pelo pesquisador francês Jéremie Cavé. Tive a oportunidade de ouvir um pouco a respeito de como é a gestão dos resíduos sólidos na Índia. O autor comentou que ao contrário do que acontece aqui no Brasil, os resíduos sólidos na Índia não recebem uma gestão, são simplesmente descartados pela população que o considera lixo, e recolhido por aqueles que por esse "lixo" se interessam (reaproveitamento e reciclagem).
Entre as poucas vezes que vejo televisão, especialmente o Fantástico (que para mim não tem nada de fantástico), pude me deparar com uma reportagem interessante. Em uma série do programa, MEGACIDADES, a cidade abordada foi Mumbai, a capital do estado de Maharashtra e a maior cidade da Índia e do mundo, com uma população estimada em quatorze milhões de habitantes. A reportagem, assim como na palestra que assisti, mostrou que embora lixo seja despejado pela cidade sem nenhum critério, há uma grande parcela da população que vive da reciclagem e reaproveitamento desses resíduos.
Apesar da imensa diversidade entre as cidades, principalmente de tamanho, temos o contraste à gestão dos resíduos na Índia (ou falta de gestão) que ocorre em Barcelona, na Espanha. A cidade adotou uma tecnologia a qual não se usa mais coleta de lixo com caminhões. O lixo, previamente selecionado, é, simplesmente, sugado e levado a uma estação de triagem, onde é reciclado ou aterrado. Além dos benefícios ambientais da correta gestão desses resíduos, a coleta sem o uso de caminhões proporciona redução dos custos, das emissões de gases efeito estufa, da utilização dos combustíveis fósseis, etc.
No Brasil a situação não é tão critica como na Índia, mas também não tão desenvolvida como na Espanha. Entretanto, a melhor solução para a gestão dos resíduos sólidos não é única e depende das características locais. As idéias podem sim ser transmitidas e adaptadas de uma cidade para outra, ou de um país para outro, respeitando suas particularidades.
Enquanto nosso lixo não é sugado, podemos participar das ações aqui já existentes.
Por isso, faça sua parte: Reduza, Reuse e Recicle!!!
A seguir estão os trechos de reportagens citadas no texto, e suas respectivas fontes.

Abraços

Boa Semana!!!

Patricia



Fonte: Fantastico - Mumbai tem residência mais cara do mundo e maior favela da Ásia, 23 de maio de 2010.
Disponível em: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1595238-15605,00-MUMBAI+TEM+RESIDENCIA+MAIS+CARA+DO+MUNDO+E+MAIOR+FAVELA+DA+ASIA.html




Fonte: Boletim ABES Informa nº 174, 12 de maio de 2010.
Disponível em: http://www.abes-dn.org.br/publicacoes/abesinfor/ABESInforma_N174.pdf

terça-feira, 4 de maio de 2010

Na Agrishow, ministro critica reserva legal

http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=66139
Publicado em: 27/04/10 às 10:21
Atualizado em: 27/04/10 às 12:09
Na Agrishow, ministro critica reserva legal

Wagner Rossi, da Agricultura, diz que só um doido proporia um corte na produção do país que é o celeiro de alimentos. Cesário, o presidente da feira, aplaudiu o discurso e disse que agora vai cobrar do governo federal a reforma do Código Florestal.
Em discurso durante a abertura da Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), ontem, em Ribeirão, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), fez duras críticas à substituição de área agrícola produtiva por área de reserva legal. Por outro lado, defendeu a implantação de um programa de agricultura
de baixo carbono como forma de preservação ambiental.
"Precisamos mostrar que a agricultura pode produzir sem destruir, mas não é arrancando 20% dos canaviais para fazer floresta", disse Rossi, no primeiro discurso oficial como ministro em Ribeirão, cidade em que ele mora.
Além dele, três ex-ministros da Agricultura que o antecederam -Reinhold Stephanes, Luís Carlos Guedes Pinto e Roberto Rodrigues- acompanharam a abertura da feira.
A reserva legal está prevista no Código Florestal desde 1956. Um decreto presidencial de 2008 previa que, no ano passado, começariam a ser aplicadas sanções aos donos de propriedades rurais que não cumprissem a reserva de 20% de mata nativa, mas o prazo foi prorrogado até 2011.
"Só um doido pode propor que se corte produção num país que é o celeiro de alimentos do mundo", disse. Rossi chamou de "vazios" os discursos de parte de ambientalistas e disse que só quem pode defender o ambiente é o produtor. "Não venham nos dar aulas de como se protege o meio ambiente nos salões perfumados das elites de São Paulo, nos shoppings, venham aqui pôr os pés na terra roxa de Ribeirão."
Em entrevista à Folha, o secretário de Estado da Agricultura, João Sampaio, adotou um tom mais conciliador, mas fez coro ao ministro. "Na nossa região temos fazendas consolidadas há mais de cem anos, e querer recompor isso, deixando de produzir, não tem bom senso."
Cesário Ramalho, presidente da Agrishow e da Sociedade Rural Brasileira, disse que achou positivo o fato de o tema ter sido abordado durante a abertura e disse que vai cobrar a reforma do Código Florestal.
"Fiquei muito contente que o ministro se sensibilizou, então agora vamos cobrar dele. O presidente Lula, que tem toda a força que fala que tem, eu quero ver a força dele agora de bater na mesa e falar: "vamos votar o Código Florestal'", disse.
Leia as declarações do setor ambiental sobre o assunto: Promotor ambiental critica declarações de Rossi

Promotor ambiental critica declarações de Rossi
As declarações feitas pelo Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, sobre as críticas em relação as substituição de áreas agrícolas por reserva legal, repercutiram no setor ambiental.
O promotor do Meio Ambiente Marcelo Pedroso Goulart afirmou que as declarações existem porque Rossi só tem a informação que vem do lado dos ruralistas. "No momento em que ele conversar com os especialistas em meio ambiente e agricultura, que têm uma postura ambientalmente e socialmente correta, tenho certeza que mudará de opinião", afirmou.
O promotor disse ainda que os ruralistas têm "a voz do atraso" e que, por isso, Rossi precisa ouvir o outro lado. Apesar da proteção do meio ambiente ser de responsabilidade de todos os setores e pessoas do país, o ministro da agricultura acredita que o produtor rural tem um papel muito importante nessa questão, visto que
seu sustento é extraído diretamente da terra.
"Precisamos mostrar que a agricultura pode produzir sem destruir, mas não é arrancando 20% dos canaviais para fazer floresta", disse Rossi, no primeiro discurso oficial como ministro em Ribeirão”.


Leia as declarações de Rossi sobre o assunto: Na Agrishow, ministro critica reserva legal
Fonte: Redação NA
Leia esta notícia no original em:
Notícias Agrícolas
http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=66142



Pois é, esse é o nosso ministério!!!
Cada um por si e Deus por todos, só se for assim...
Parece até que a agricultura está tão distante assim do meio ambiente para pensamentos tão insustentáveis.
Ainda não se percebe que tudo está interligado!!!
Como irrigar as culturas agrícolas se não temos florestas que são importantíssimas na manutenção e recuperação de nascente e mananciais???
Para que ser o celeiro de alimentos do mundo se tantos aqui passam fome???
Como plantar em solos erodidos e salinizados pelo uso insustentável dessas terras apenas visando o lucro???
Como preparar os alimentos produzidos se a água de abastecimento foi contaminada e poluída pelo uso descriterioso de agrotóxicos e fertilizantes???
Esses são alguns exemplos que a agricultura capitalista traz consigo.

E você o que acha???

Boa semana!!!

Patricia