sábado, 30 de maio de 2009

Sacolas Ecológicas

Fonte: http://images.quebarato.com.br/photos/big/E/5/39A4E5_5.jpg


De acordo com a Fundação Verde (2007) o Espírito Santo foi o primeiro estado brasileiro a aprovar a Lei n° 8745, de dezembro de 2007, que obriga os estabelecimentos comerciais do Estado a utilizarem, para o acondicionamento de produtos, embalagens plásticas oxi-biodegradáveis - OBPs.

Mas afinal, o que seria uma embalagem oxi-biodegrádavel?

Segundo especificado pela propria lei, as embalagem oxi-biodegrádaveis são aquelas que:
  • apresentam degradação inicial por oxidação acelerada por luz e calor;
  • podem ser biodegradadas por microorganismos;
  • não geram resíduos finais eco-tóxicos.

As embalgens devem atender aos seguintes requisitos:

  • degradar ou desintegrar por oxidação em fragmentos em um período de tempo especificado;
  • biodegradar - tendo como resultado CO2, água e biomassa;
  • ter produtos da biodegradação não eco-tóxicos ou danosos ao meio ambiente;
  • quando compostadas, não deve impactar negativamente a qualidade do composto, bem como do meio ambiente.

Produzimos e usamos atualmente 20 vezes mais plásticos que há 50 anos, pois praticamente em tudo é utilizado plástico. Enquanto uma sacola convencional demora centenas de anos para se decompor – até mais que 500 anos -, a sacola oxi-biodegradável desaparece em aproximadamente 18 meses, depois do descarte (FUNDAÇÃO VERDE, 2007).

Legal!!!

Interessante!!!

Um passo, talvez!!!

Não diminuindo a iniciativa da lei, mas por que não inutilizá-las o invés de torna-las oxi-biodegradáveis?

Que me desculpe os autores da lei e, principalmente, os fabricante de sacolas pláticas.

Provavelmente o processo produtivo das sacolas oxi-biodegradáveis é tão impactante, ou mais, que o processo produtivo das sacolas tradicionais, pois recebem em sua composição uma série de aditivos para que atendam às especificações da lei.

Além disso, por mais ecologicamente corretas que sejam, na minha opinião, possuem qualidade inferior, não tendendo à sua função, sendo necessário utilizar mais de uma sacola, o que implica em maior quatidade produzida pela fábrica e, assim, consumida pelo comércio.

Por último, as embalagens provém de recursos naturais finitos, e já bastante escassos, como o petróleo, o qual é demandado por diversos outros setores produtivos, como dos combustíveis.

As sacolas retornáveis, também chamadas de eco bags, sabidas, sacolas ecológicas, etc, são sim a solução atual para esse problema. De tecido, lona, ou outro material, permitem que sejam utilizadas para diversos fins, por várias vezes sem que sejam descartadas no meio ambiente.

Adote a sua!!!

Atualmente já existem vários modelos, cores, tamanhos...

Mas não se esqueça, antes de consumir, pense se realmente é necessário. Não utilize sua sacola sem necessidade!!!

A frase abaixo é contribuição do nosso Tio Marcelo, e uma pequena homenagem por incentivar a criação deste Blog.

“Para enfrentar o consumismo urge sermos conscientemente anticultura vigente. Há que se incorporar na vida cotidiana os quatro “erres” principais: reduzir os objetos de consumo, reutilizar os que já temos usado, reciclar os produtos dando-lhes outro fim e finalmente rejeitar o que é oferecido pelo marketing com fúria ou sutilmente para ser consumido." (Leonardo Boff)

Abraços a todos,

Patricia

Fundação Verde - http://www.funverde.org.br/

Lei 8745/2007 http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0187452007.doc



9 comentários:

  1. Agora sim! Bem melhor! Podemos comentar com nossos pequenos textos. hihihihihi!

    Acho que o próximo passo seria cobrar pelas sacolas plásticas, assim rapidinho as ecobags tomariam conta dos supermercados. Mas em relação à sacola oxi-biodegradável, acredito que foi um passo de extrema importância, mostra que tem alguém interessado no assunto.
    Vamos que vamos, um passo de cada vez!

    Beijos,
    Gisele

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  2. Maravilha !! Agora consigo comentar também. Vejam que na China já estão batendo pesado nas sacolas plásticas. Está proibida a distribuição gratuita destas sacolas.
    As sabidas ou ecobags podem ser usadas centenas de vezes. Nós já estamos usando há quase um ano e, fazendo uma continha rápida, já deixamos de consumir em torno de 2.000 sacolas. Isso mesmo, duas mil sacolas : 50 semanas x 40 sacolas. É uma ação de fácil implementação e de retorno imediato.
    Beijinhos,
    tio Marcelo

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  3. Acrescento aqui o texto dos emails que trocamos e que resultaram na criação do blog. Acho que vale a pena. Vou "colar" somente o meu porque ficou grande demais e o site não aceitou o texto com as mensagens da Paty e da Gigi (sugiro que vocês façam o mesmo).

    =======

    Leonardo Boff : “Para enfrentar o consumismo urge sermos conscientemente anticultura vigente. Há que se
    incorporar na vida cotidiana os quatro “erres” principais: reduzir os objetos de consumo, reutilizar os que já
    temos usado, reciclar os produtos dando-lhes outro fim e finalmente rejeitar o que é oferecido pelo marketing
    com fúria ou sutilmente para ser consumido.”

    Veja que esta fera acrescenta mais um R aos outros 3 já conhecidos e até citados no rodapé de seu email.

    Para o Desenvolvimento Sustentável ser implementado precisamos mudar de comportamento, assumir outros valores, mudar de atitude. Alguns conseguem e já vivem assim, mas são uma meia dúzia de gato pingado. No fundo, vale aquela regrinha que ouvimos desde criança de nosso pais : "se não aprender por bem vai aprender por mal". E aí ... tome chinelada. É o que vai acontecer com a humanidade se não mudar o rumo, vamos aprender sofrendo. E se não aprendermos mesmo teremos que mudar de planeta dentro de três gerações. E não vai ter vaga para todos, já sabemos disso, não é ?

    Ensinar os conceitos é muito fácil. Veja o que acontece dentro das igrejas - refiro-me a qualquer religião - que vivem lotadas de gente. Parecem anjos que descem dos céus para cantar, orar, celebrar, abraçar e quando saem dali se transformam em fomentadores de ódio, discórdia, desentendimento. Muitos - e arrsico a dizer que é a maioria - só querem aparecer na vitrine, depois que tiram a máscara tudo muda. É o que acontece com aqueles que governam o planeta, aparecem rindo e todos bonitinhos, vendendo imagem de salvadores da pátria. Não passam de covardes estúpidos que não fazem idéia da missão que lhes foi ordenada. Retornarão aos céus, mas não viverão como anjos.

    Comer é a necessidade básica do ser humano, que desde sua existência procura por comida e, satisfeita esta necessidade, parte para novas conquistas. Ainda hoje, um terço da população passa fome, não tem o que comer. Este dado basta para provar que não somos merecedores da sorte da vida. Precisamos de uma REFORMA MORAL, precisamos usar o desenvolvimento intelectual que conquistamos em milênios para promover o desenvolvimento moral que insistimos em manter atrofiado. Recebemos Moisés, Jesus, Buda, Alá, Jeová, Abraão, Madre Teresa, Gandhi e mais um monte de mensageiros que se dispuseram a viver entre um povo rude e grotesco para lhes ensinar como viver melhor e ... e ... e ... não aprendemos nada !!!! Não sei até quando seremos dignos de toda a sorte que temos.

    Se não mudarmos, se não vivermos sob conceitos de desenvolvimento sustentável, se não melhorarmos para cima, não teremos planeta para morar. Mesmo assim, sou otimista, pois acredito que a vida não faria sentido se não fosse para melhorarmos.

    Beijão enorme e continue firme em seus propósitos.

    Marcelo F. Mendonça

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  4. Seguindo o conselho do Tio Marcelo. Colo aqui o e-mail que foi resposta ao dele (comentário acima).

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    Muito bom o texto. E deixo minha opinião sobre alguns pontos.
    Primeiro, dos quatro erres, acredito que hoje, o que mais poderia ser praticado por nós, seria o último (observando que praticando o quarto estaríamos consequentemente praticando o primeiro "reduzir"). Não que os outros não estejam ao nosso alcance, mas pelo simples fato de ver essa rotatividade de aparelhos celular, mp3, 4, 5..., computadores, carros, etc. Porque antigamente tudo era usado "até acabar" e hoje até lançar a próxima versão? Simples, certo? Preços muito acessíveis e cultura do consumismo. E como fazer pra mudar isso? Aí eu já não vejo simplicidade. Não é do interesse nem das empresas, nem da população. Há algum tempo eu costumava até a colocar a culpa nos fabricantes, por muito ouvir frases como "Nossa! As geladeiras de antigamente duravam muito mais tempo!", mas se durar uma vida, nós vamos trocar antes por algo mais moderno. E aí? O que fazer? Conscientizar? Seria o ideal. E é nessas horas que o desânimo costuma bater. Se há anos o governo faz campanhas contra dengue, AIDS, álcool e carro, etc. e ainda vemos coisas absurdas em relação a isso. Sabemos que não é falta de informação e sim desinteresse ou qualquer outra coisa que não está ao alcance da minha capacidade. E é aqui que entra a sua reflexão, algo sobre o que eu até já falei algumas vezes e acho que não é muito difícil notar. Quando você cita "Parecem anjos que descem dos céus para cantar, orar, celebrar, abraçar e quando saem dali se transformam em fomentadores de ódio, discórdia, desentendimento." é que pra mim o ponto principal foi tocado. Falta sim informação, mas não é esse o problema como já citei. (Até porque seria estranho se fosse, o mundo inteiro, em menos de 24h, soube que o Ronaldinho foi pego com travestis. E no mesmo jornal, revista, site que essa notícia foi anunciada, tinha uma outra notícia sobre qualquer outro assunto que eu diria "importante".) O problema é que se criou uma cultura de "cada um por si". E assim o mundo segue em relação à fome, poluição, água, geração de resíduos...
    O único caminho pra mim, até já falei com a Paty, é a educação ambiental, mas não com foco nos mais velhos, sim nas crianças. Lá no início, quando elas ainda acreditam e ouvem as "tias" da escola. É porque ainda acredito que os únicos seres capazes de atingir mentes tão egoístas são os filhos. Quem sabe as crianças não consigam levar a idéia da sustentabilidade para dentro das casas?
    E o que nos resta é ser aquela "meia dúzia de gato pingado" que tenta mudar a forma de viver. E, se possível, informar aos que estão a nossa volta.

    Beijos,
    Gisele Dornelas Bassani

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  5. Para pensar e repensar...

    Texto de Mentor Muniz Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, uma das maiores agências de propaganda do Brasil, sobre a crise mundial.

    "Vou fazer um slideshow para você.
    Está preparado?
    É comum, você já viu essas imagens antes.
    Quem sabe até já se acostumou com elas.
    Começa com aquelas crianças famintas da África.
    Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
    Aquelas com moscas nos olhos.
    Os slides se sucedem.
    Êxodos de populações inteiras.
    Gente faminta.
    Gente pobre.
    Gente sem futuro.
    Durante décadas, vimos essas imagens.
    No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
    Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
    São imagens de miséria que comovem.
    São imagens que criam plataformas de governo.
    Criam ONGs.
    Criam entidades.
    Criam movimentos sociais.
    A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
    Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
    Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
    Dizem que 40 bilhões de dóares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
    Resolver, capicce?
    Extinguir.
    Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
    Não sei como calcularam este número.
    Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro.
    Ou o triplo.
    Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
    Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
    Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
    Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

    Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar...
    Se quiser, repasse, se não, o que importa?
    "O nosso almoço tá garantido mesmo..."

    Ao ler este email, recebido de minha irmã Gisele, minha primeira aluna graduada em eduação ambiental (hehehe), lembrei-me do conceito de desenvolvimento sustentável e dos seus o objetivos traçados em grandes eventos de meio ambiente.

    continua...

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  6. Os dois paragrafos a seguir fazem parte da revisão de literatura que compõe a minha monografia de pós graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental (Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis em condomínios residenciais no município de Vitória (ES): aspectos economicos e ambientais - Patricia Dornelas Bassani).

    Enquanto lia o texto do email ia pensando o quão fácil é propor um desenvolvimento sustentável, difícil é suste-lo em uma sociedade consumista e capitalista. Caso interesse, segue abaixo o conceito de desenvolvimento sustentável e seus objetivos

    Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, constituida pela ONU, Desenvolvimento sustentável é conceituado como o desenvolvimento “que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (ONU, 1991 apud CALDERONI, 1999). Diz-se ainda que é “um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas.” (ONU, 1991 apud CALDERONI, 1999).



    Dentre alguns objetivos traçados pelo o desenvolvimento sustentável estão: a satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc.); a solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver); a participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal); a preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc.); a elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios); e a efetivação dos programas educativos.

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  7. Paty, não tenho uma opnião formada sobre isso ainda... mas exite uma "linha" que diz não ser possível um desenvolvimento sustentável. Não estou concordando ou discordando contigo, só colei esse artigo aí para discutirmos sobre isso. Vejam o que vocês acham:

    30/03/2009 - 17:05:41
    Não há mais tempo para desenvolvimento sustentável, afirma pesquisador

    Amanda Mota, da Agência Brasil

    Pesquisador em meteorologia pelo Insituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Meteorologia, Prakki Satyamurty defende que o mundo adote outro caminho para reverter o quadro de destruição do meio ambiente que tem como conseqüência as mudanças climáticas.

    Para ele, o desenvolvimento sustentável já não é o caminho mais aconselhável para a reversão desse quadro. A saída agora, segundo Satyamurty, seria a retirada sustentável, ou seja, a diminuição drástica do consumo de recursos naturais, aliada a um controle de natalidade que levasse a um crescimento menos acelerado do número da população mundial.

    Ao falar sobre o tema escolhido pela Organização Meteorológica Mundial para marcar o Dia Mundial Meteorologia de 2009 - Tempo, clima e ar que respiramos - o pesquisador disse que a capacidade do planeta Terra de suportar o uso que se faz dos recursos naturais está cada vez mais limitada.

    Por isso, Satyamurty defende que o consumo de recursos naturais deveria ser menor ou igual à reposição dessas riquezas ambientais na natureza. Segundo ele, a exploração dos recursos naturais pela população mundial já ultrapassou a capacidade de oferta do meio ambiente em escala global.

    “Já passou o tempo do desenvolvimento sustentável. Agora é tempo de fazer uma retirada sustentável, ou seja, temos que retirar, gradativamente, por exemplo, o número de automóveis das ruas. Tudo o que foi colocado em excesso e hoje contribui para a destruição do meio ambiente precisa sair de cena. Esse é um assunto muito polêmico, mas as autoridades precisam parar e pensar em tudo o que está acontecendo. O mundo tem que mudar para melhor”, observou.

    Satyamurty participou, neste semana, da programação realizada pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em alusão ao Dia Mundial da Meteorologia, comemorado em 23 de março.

    Em palestra a estudantes da universidade, o pesquisador polemizou as estratégias pensadas em escala mundial para lidar com os diversos problemas causados pelas mudanças climáticas, como a falta de água. Segundo ele, a população mundial quadruplicou em 50 anos e o aumento da temperatura da superfície terrestre, do nível dos oceanos, bem como a poluição de todos ambientes são as principais conseqüências desse crescimento populacional.

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  8. o resto:

    “Com o aumento da população mundial, a diminuição das áreas de floresta e de espécies animais é inevitável. Mais áreas de lavoura, pastos e gado. Tudo isso provocou aumento de gás carbônico, gás metano e aumento substancial da temperatura na Terra”, relatou.

    Ainda de acordo com o pesquisador indiano, assim como foi criado o mercado do crédito de carbono, também deveria existir o crédito de população. Para ele, outra missão das autoridades é o reflorestamento.

    “Todo país que estivesse crescendo demais deveria pagar por isso. Seria um incentivo à redução das populações e um benefício para o meio ambiente como um todo porque o planeta não agüenta mais essa situação.”

    Na avaliação do chefe da divisão de Meteorologia do Centro Técnico Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) no Amazonas, Ricardo Delarosa, é incontestável que o desenvolvimento e o progresso geram perturbações e degradações nos sistemas naturais. Contudo, ele ponderou que o grande problema das nações não é a falta de alimentos, mas a distribuição imperfeita desses recursos alimentares.

    “Entendo que o que está acontecendo é uma distribuição desigual das riquezas e recursos. A população cresceu bastante, mas a produção de alimentos também cresceu”, disse.

    Com relação à polêmica avaliação de Satyamurty sobre a retirada sustentável, Delarosa ponderou que não existe maneira de desenvolver sem degradar de alguma forma. Para ele, a redução da população seria uma das alternativas existentes.

    “Eu entendo que o desenvolvimento sustentável é um paradoxo. Não vejo como desenvolver e, ao mesmo tempo, ter sustentabilidade, pelo menos não do ponto de vista da conservação dos sistemas naturais como a gente os conhece hoje. Temos que trabalhar para minimizar esse custo que é um ônus imposto à natureza. Na minha opinião, é preciso haver uma conscientização de que é preciso distribuir melhor os recursos e as riquezas. Acho que isso seria mais efetivo do ponto de vista de preservar mais o ambiente que a gente vive”, concluiu.

    (Agência Brasil)

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  9. Fala Paulética...
    Obrigada por estar sempre participando!

    Tudo que o pesquisador Satyamurty falou é verdade, mas ele se contradiz ao afirmar que o que ele propõe não é o desenvolvimento sustentável.

    Afinal, desenvolvimento sustentável, como eu já havia colocado acima, "é a aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades, sendo um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas.”

    Acho que pesa muito mais a desigualdade social, a exclusão social, que simplesmente o crescimento da população.
    Infelizmente, ou felizmente, a espectativa de vida melhorou, e vivemos por mais tempo, o que contribuiu para o crescimento populacional, o que não quer dizer que vivamos com qualidade.

    Acho que a satisfação das necessidades básicas da população, que é um dos objetivos traçados pelo desenvolvimento sustentável, deve sim ser intensificada, pois uma sociedade informada têm menos filhos, evita o desperdício, preserva o meio ambiente, é mais solidária e participativa quanto a vários fatores, inclusive as causas ambientais e sociais.

    Tudo isso leva à sensibilização que conduzem à sustentabilidade.

    Mas, esse é o meu ponto de vista...

    beijo

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